Em 13 de junho de 2025 no calendário gregoriano, 23 de Khordad de 1404 no calendário persa, 17 de Sivan de 5785 no calendário hebraico, serão datas lembradas na história. O Estado de Israel atacou a República Islâmica do Irã durante a noite.

Sob o codinome Operação Leão Ascendente (Rising Lion), as Forças de Defesa de Israel (IDF) e o Mossad danificaram importantes locais nucleares e instalações militares, além de matarem vários dos principais líderes militares do Irã.

O nome da operação israelense contra o Irã é uma mensagem clara: Leão em Ascensão. O Leão de Judá é o messias israelense e o símbolo do reino unificado, ou seja, o Projeto da Grande Israel, mas também o símbolo da antiga Pérsia e do regime anterior do Xá.

As profundas raízes teológicas pelas quais a grande articulação sionista decidiu atacar o Irã estão além da nossa imaginação.

O ataque, com o objetivo declarado de impedir o Irã de desenvolver armas nucleares, foi o maior contra o país desde a Guerra Irã-Iraque da década de 1980.

Desde o estabelecimento de Israel em 1948 até a Revolução Islâmica de 1979, o Irã governado pelos Pahlavi e Israel mantiveram relações estreitas, cooperando em várias frentes econômicas, militares e diplomáticas. Essa relação foi abruptamente rompida após a revolução, que substituiu a monarquia parcialmente pró-ocidental por uma república islâmica sob o aiatolá Ruhollah Khomeini, que passou a criticar severamente a ocupação israelense dos territórios palestinos. Desde então, os líderes da República Islâmica prometeram repetidamente destruir Israel.

Para compreender o que está por detrás dessas ações e projetos para uma nova ordem mundial, hoje vamos falar sobre um fio invisível, mas muito poderoso, que conecta a história de Veneza, o Império Britânico, os Estados Unidos, Israel e agora… o Irã.

O que está acontecendo atualmente com as movimentações de Israel contra o Irã não é apenas uma questão de geopolítica ou de ataques militares. É também uma guerra simbólica, que remonta séculos.

Tudo começa na cidade e Reino de Veneza. A cidade-estado que, durante a Idade Média e a Renascença, controlou rotas comerciais, praticou espionagem, manipulação econômica e travou guerras por procuração. O símbolo de Veneza? O leão alado de São Marcos. Um símbolo de poder, domínio e vigilância.

Como bem registrado na história, a ligação com a Pérsia não era apenas comercial, mas também de laços sanguíneos entre a nobreza veneziana e as elites daquela região. Isso lhes garantiu acesso ao Oriente, fato que possibilitou sua direta supremacia marítima no comércio oriental por muitos séculos.

Com o declínio de Veneza, essa elite financeira migra para os Países Baixos, dificultando sua identificação. Lá, nascem as grandes companhias de comércio internacional, como a Companhia Holandesa das Índias Orientais. E, em seguida, ocorre a transição final para a Inglaterra, que ao longo dos séculos se transforma no Império Britânico.

Essa mesma linhagem de poder se consolida em Londres, na City, e de lá influencia a criação dos Estados Unidos, com toda a sua máquina militar e de inteligência. A hegemonia anglo-americana nasce dessa trajetória.

No século 20, com o apoio e articulação britânica visando justificar o sionismo nacionalista e político, o poder financeiro do império britânico fez uso de seus centros de inteligência e de guerras justificadas de forma a aprovar a ideia da criação do Estado de Israel.

E, novamente, o leão aparece como símbolo de poder. Na operação atual, Israel e os EUA estão diretamente envolvidos em ações de guerra híbrida contra o Irã, tentando derrubar o regime dos aiatolás.

O curioso é que, nessa guerra de narrativas, o símbolo que Israel e a oposição iraniana exilada estão tentando resgatar para mobilizar o povo iraniano é justamente o leão da antiga Pérsia. O mesmo leão que representa a era pré-islâmica, a era da dinastia Qajar, depois Pahlavi, e que também anuncia o messias, em diferentes tradições.

É um jogo sofisticado: Israel se alia aos símbolos antigos da Pérsia para estimular uma revolução interna, enquanto nos bastidores, a velha elite financeira – herdeira de Veneza e Londres – segue manipulando as peças no tabuleiro global.

E é exatamente nesse ponto que entra o símbolo do Leviatã.

O Leviatã, na tradição bíblica, é a representação do caos primordial, um monstro marítimo que ameaça a ordem divina. 

No campo da filosofia política, Thomas Hobbes transformou o Leviatã no símbolo do Estado absoluto: a máquina de guerra, controle e dominação. Hoje, vemos múltiplos Leviatãs em cena: o Leviatã de Israel, agindo como braço armado da grande engenharia de poder global; o Leviatã anglo-americano, que desde os tempos de Veneza manipula nações e revoluções; e o mais inesperado: o Leviatã Iraniano, conceito trazido pelo filósofo persa-americano Jason Reza Jorjani, que descreve um futuro em que o próprio Irã renasce como uma potência prometeica, destinada a desafiar a hegemonia global e a romper com seu passado de submissão teocrática.

Neste cenário, o povo iraniano seria impulsionado, ainda que manipulado nos bastidores, a depor o regime islâmico atual, abrir espaço para uma nova ordem secular e nacionalista, e talvez, sob a liderança de figuras como Reza Pahlavi filho, encenar o retorno do antigo espírito persa.

Essa não é apenas uma guerra de mísseis. É uma guerra de símbolos, de psicologia de massas e de engenharia geopolítica a longo prazo.

Então, da próxima vez que você vir um leão estampado numa bandeira de oposição iraniana, lembre-se: ele carrega séculos de história, de manipulação e agora… de um Leviatã adormecido que talvez esteja começando a despertar.

É por conta da busca da verdade, clareza, estado racional e o equilíbrio necessário frente a toda essa complexidade de assuntos, articulações e cenários concorrentes, todos acontecendo ao mesmo tempo, que eu preparei uma grande discussão, na forma de webinário secreto, sobre o que realmente está acontecendo e o que devemos saber, antecipadamente, para que possamos estar preparados para enfrentar grandes tribulações. 

Agora, se esse assunto faz sentido para você, toque no botão abaixo e se inscreva. Eu te enviarei as informações sobre como participar.