A Física Quântica e o Holograma Quântico da Consciência, A Neurociência e a Psicologia da Multiplicidade da Mente sob a visão da Mente Dividida.  Estados dissociativos em sonhos e, o caos cerebral na fragmentação da personalidade por traumas, por estados alterados, projeções astrais, experiências-de-quase-morte, contatos com consciências não locais, e, a fenomenologia das experiências com outras consciências e realidades não-locais.

A consciência não é uma singularidade, mas uma multiplicidade. É esta multiplicidade que torna possível a autoconsciência (o ser consciente de estar consciente da consciência) e que fornece a base para o desenvolvimento do pensamento que se origina fora da consciência. 

Ao observarmos os Sonhos e Alucinações, de maneira a levantar o véu para as múltiplas realidades perceptivas, percebemos que independentemente da cultura, ou da antiguidade, os humanos têm sonhos, alucinações, projeções mentais, experiências fora do corpo, semelhantes. 

Existem numerosos relatos de indivíduos que afirmam ter sonhado com eventos futuros que então aconteceram, incluindo mortes, tragédias, assassinatos em massa, acidentes horríveis e catástrofes ambientais. Como isso é possível?

Outros ainda tiveram alucinações onde deixaram os seus corpos, ou viram entidades que parecem ser de outras realidades. 

Deveríamos perguntar: é realmente uma alucinação se alguém experimenta uma dissociação de consciência e flutua acima de seu corpo, podendo mais tarde, descrever com precisão o que estava acontecendo, incluindo a aparência das pessoas ao seu redor? 

Será realmente uma alucinação se um indivíduo puder ver o interior da sua mão e observar as células sanguíneas circulando pelos seus vasos sanguíneos? Como podemos interpretar isso?

Para podermos entender esse complexo argumento, temos que estudar sobre o pensamento servir como uma forma de dedução e auto explicação, onde um aspecto da mente explica seus pensamentos para outro domínio da mente, nesta dimensão de realidade, como também entre outras possíveis.

O pensamento pode ser visual, imaginativo, tátil, musical ou assumir a forma de palavras encadeadas como uma linha de raciocínio. Na medida em que os pensamentos são verbais, isso indica que uma região do cérebro está organizando e explicando esses pensamentos verbais para outra região da mente que os compreende.

Como essas vias neurais e estruturas de linguagem são imaturas durante os primeiros anos de vida, e têm capacidade limitada de comunicação dentro do cérebro, as crianças inicialmente pensam em voz alta, usando uma forma de linguagem conhecida como fala egocêntrica, ao mesmo tempo que, estão mais disponíveis aos contatos com os desdobramentos da consciência não-local (por exemplo, os chamados espíritos)

À medida que o cérebro amadurece, a fala egocêntrica acaba sendo internalizada como pensamento, de modo que, entre os 5 e os 6 anos de idade, as crianças internalizaram completamente a produção de pensamentos egocêntricos e pensam seus pensamentos na privacidade de suas cabeças. 

O que costumava ser um padrão coletivo, se torna singular.

No entanto, porque a mente é uma multiplicidade com diferentes tecidos da mente, processando diferentes formas de informação, os fluxos dominantes de consciência associados à visão e à linguagem, muitas vezes não têm acesso a informações que possam explicar os motivos das suas ações, ou como elas ocorrem, dificultando chegar a certas conclusões ou julgamentos. 

Como a mente é uma multiplicidade, em última análise, nós, conhecedores, permanecemos desconhecidos para nós mesmos.

A Consciência é a Multiplicidade da Mente. A consciência deve estar consciente de alguma coisa.

A consciência, para ser consciente, requer algo que esteja separado e projetado para fora da consciência (no espaço-tempo singular) e que se torne um objeto ou foco de informação para transformação da percepção, como uma lâmpada, um cachorro, uma nuvem, um carro, pássaros cantando, o sorriso de alguém querido, ou até o contato com inteligências não-locais. 

A consciência, para estar consciente, requer algo, alguma coisa, alguém na forma do fenômeno da experiência de exploração pelo percepiente, que explora um determinado espaço temporal através da fração mental que se espelha sobre o objeto, o altera, enquanto é simultaneamente, alterada. O efeito é sempre duplo e retroalimentado – o que alteramos através de nosso foco, nos altera como resposta.

Mesmo que a consciência tenha apenas consciência de ser consciente, isto é, autoconsciência, ela tem que estar separada de si mesma para ser consciente sobre algo, tornando-se assim um objeto de consciência, espelhando-se e refletindo-se como uma dualidade, já que se torna o objeto e o percepiente, ao mesmo tempo.

Podemos tomar a mesma linha de pensamento que aparece antes ou dentro da consciência, mas, ela nunca é idêntica à consciência em si, já que o objetivo é o de, unicamente gerar infinitos desdobramentos das percepções (Joseph 1982).

A consciência não é uma singularidade, mas uma multiplicidade que, nos humanos, é frequentemente dominada por impressões visuais e linguagem (Joseph 1982, 2009). É esta multiplicidade que torna possível alcançar a consciência da consciência e portanto, o fato de estar, realmente consciente em algum nível ou gradiente.

Na medida em que a consciência está associada ao cérebro, portanto baseada nos aspectos que se desdobram da nossa fisicalidade, então, podemos dizer que os tecidos da mente consistem em reinos mentais semi-independentes, que são mantidos pelo tronco cerebral, tálamo, sistema límbico, os hemisférios direito e esquerdo, e o occipital, temporal, lobos parietais e frontais (Joseph 1982, 1986a,b, 1988a,b, 1992, 1999, 2009), cada um dos quais fala e compreende sua própria linguagem única, por ex. visual, tátil, olfativo, auditivo. 

Por exemplo, o córtex visual primário percebe, processa e se torna consciente da entrada visual, mas é em grande parte surdo e cego a sinais auditivos complexos, enquanto as áreas receptoras auditivas primárias são cegas e não podem ver formas complexas (Joseph 1996). 

Portanto, se dependemos de áreas cerebrais para percebermos a realidade, temos um sistema que ao mesmo tempo, captura e limita o que devemos ou podemos perceber.

Como certas regiões do cérebro são especializadas para desempenhar funções específicas, a informação transmitida entre esses tecidos da mente deve sofrer uma transformação e ser traduzida para uma linguagem que a outra área possa processar e compreender (Joseph 1982, 1986 a,b, 1988a; Joseph et al. ., 1984). 

Isso quer dizer que, até certo nível, podemos desenvolver novos níveis de linguagem que serão utilizados por novas redes de processamento, permitindo então, acessar a outras dimensões e campos de percepções para interações conscientes.

Quando o cérebro fala consigo mesmo, pode-se dizer que está pensando; e esses pensamentos podem ser visuais, verbais, táteis, emocionais ou consistir em uma miríade de abstrações e símbolos que então se tornam objetos da consciência mantida pelos vários reinos da multiplicidade da mente.

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