A profecia Kizil elma ou Kizil alma é comumente traduzida como “a maçã vermelha”, mas por vezes, “a maçã dourada”.

Essa é a figura central de uma profecia antiga sobre a queda dos otomanos, e possivelmente se refere à cidade de Roma.

Há uma boa prévia no capítulo de um livro de Kenneth M. Setton, intitulado Bartholomaeus Georgievicz e a “Maçã Vermelha”, e isso explica muitas coisas.

Parece que havia um nobre húngaro chamado Bartholomaeus Georgievicz que foi capturado e escravizado pelos turcos após a batalha de Mohacs, em agosto de 1526. Eventualmente, ele escapou, mas como você pode imaginar, ele ficou muito amargurado e, compreensivelmente, não gostava dos turcos. Ao retornar à Europa, ele publicou alguns livros sobre os otomanos e o sofrimento dos cristãos nas mãos dos otomanos, entre outros fatos.

Curiosamente, em uma de suas obras, Georgievicz também relatou uma profecia que era supostamente difundida nas terras dos turcos. Essa profecia, apelidada de "a profecia dos infiéis na língua turca", descreveu quando e como os turcos seriam derrotados pelos infiéis, ou seja, cristãos:

“Nosso imperador [o sultão] virá, e tomará o reino de um príncipe incrédulo. Ele apreenderá a Maçã Vermelha e a manterá sob seu domínio. Se até o sétimo ano a espada dos cristãos não tiver surgido, até o décimo segundo ano, ele os governará. Ele construirá casas, plantará vinhedos, cercará os jardins e gerará filhos (o que pode significar que o Grande Turco construirá mesquitas e edifícios públicos) estabelecerá novas colônias, conquistará novas cidades, as fortalecerá, e, promoverá a propagação do Islã em todos os lugares pelo Império Otomano. Após o décimo segundo ano, a partir do momento em que a Maçã Vermelha for obrigada a se submeter ao seu poder, aparecerá a espada dos cristãos, que expulsará os turcos e, os colocará em fuga”.

O dom de gerar profecias era respeitado e temido no leste antigo, não apenas entre os hebreus e cristãos. Desde o século VII, no tempo do califado Omíada, profecias (especialmente aquelas que exploravam as conjunções de planetas) exerciam muitas influências sobre a condução do mundo islâmico. (...)

A Maioria dos Profetas do mundo islâmico eram, de fato, judeus ou cristãos renegados, convertidos para o Islã. Suas visões não poderiam se referir ao sultanado Seljúcida da Anatólia - Turcos otomanos, também conhecidos como o Sultanado de Rum.

Eles retiravam as ideias das suas visões proféticas, especialmente do livro de Daniel.

Se encontra muitas profecias vindas do Egito, compostas entre 1180 e 1220. Em várias delas, os Reis dos judeus e islâmicos Khazares (na região ocupada atualmente pela Ucrânia) encontrariam os Turcos 5 vezes em batalhas, e o sangue correria como rios.

Constantinopla seria destruída. O anticristo apareceria por “40 dias” e, Jesus vestido de amarelo, recitaria orações em Damasco e, mataria o anticristo.

“Após a queda de Constantinopla, os gregos atormentaram com profecias de reconquistas da grande cidade...”

Profecias posteriores de reconquista do poder Otomano, foram criadas durante o reino de Carlos V e seu irmão, Ferdinando I da Áustria, já sob o domínio dos Habsburgos, sendo uma tentativa de uma nova Roma, o império Romano-Germânico.

Entretanto, muitas profecias foram artificialmente criadas no Oeste, antes desse período, tendo como objetivo a propaganda das cruzadas.

Poucas profecias contra os turcos foram criadas na França, quando em comparação com as dos germânicos, apresentando uma visão profética da França frente a dos germânicos.  Embora os franceses fossem os líderes das cruzadas, frequentemente se uniam com os turcos, contra os austríacos e espanhóis da casa dos Habsburgos, visando conter seu poder.

Então, como você vê, nesta profecia, a Maçã Vermelha aparece como uma espécie de cálice envenenado - um lugar que os turcos conquistam, mas que eventualmente interrompe e reverte seu progresso na Europa, devido a um levante cristão.

Mas como seria possível, ou o que era esse lugar chamado "a maçã vermelha"?

Sabemos que os otomanos consideravam as importantes cidades cristãs que eram alvos de seus desejos imperiais como “maçãs de ouro”.

Nándorfehérvár, também conhecido como Belgrado, a porta de entrada para o Reino Húngaro, era apenas uma dessas frutas e o Castelo de Buda (na atual Budapeste – Hungria)  foi o próximo a ser colhido.

As outras maçãs, como Viena, Roma, Paris, Praga ou Amsterdã, ainda estavam penduradas em seus galhos.

O conceito era simples: atacar o inimigo em ondas, queimar suas terras e espalhar o terror, matar os camponeses ou escravizá-los, isolar os fortes e destruir as aldeias ao seu redor. Mais cedo ou mais tarde, a maçã cairá no seu colo.

Por mais eficientes que os turcos fossem na colheita de maçãs, os teimosos húngaros eram grandes inimigos, desde o final do século XIV, até o último cerco de Viena em 1683. Não é de surpreender que os húngaros soubessem muito sobre o conceito de Kizil Elma.

Eles até tinham uma lenda sobre a Maçã Dourada da época do rei Matthias Corvinus (1443-1490).

O conto húngaro dizia que foi Ferenc Móra quem preservou a versão húngara da lenda. Ele a conheceu em uma vila húngara no século 19. É uma lenda quase idêntica a dos turcos. O nome do conto é "Aranyalma" (Maçã Dourada).

Diz que os alemães, os turcos e os poloneses atacaram o rei Matthias, ao mesmo tempo. Matthias decidiu enviar o melhor de seus generais contra os alemães e os turcos. Quanto ao polonês, ele achava que um de seus pajens seria bom o suficiente para liderar seu exército. Ele convocou suas sete legiões e lhes deu o mesmo enigma que o sultão havia dado a seus vizires:

Quem deles conseguisse colher a maçã sem pisar no tapete, poderia ir contra o polonês. Finalmente, um jovem inteligente enrolou o tapete e pegou a maçã. O rei o enviou para o norte e o pajem derrotou o exército polonês atacante. O rei Matthias o recompensou com um manto de veludo dourado e o enobreceu. O menino se tornou o ancestral da família Almásy, ou "alma" que significa "maçã", ou em turco, "elma".

Até hoje, no brasão da família está um braço segurando uma maçã dourada…

Mas, espere, tem muitos mais segredos para eu te revelar..., a origem dos húngaros está totalmente envolvida com os magiares, um povo altamente místico, dados as mais altas magias, de fato de origem não totalmente clara, misteriosa, diretamente vindo dos Montes Urais, da Rússia.

Interessantemente, a luta entre os Russos da região atualmente conhecida como Criméia e Ucrânia e os Otomanos, conduz a busca do domínio da maçã dourada, a Terceira Roma.

Houve aqueles que identificaram a Maçã Vermelha como Constantinopla, ou mesmo Buda, localizada na metade do que hoje é Budapeste, mas alguns exegetas entendiam isso como Roma.

No século XVII, o viajante turco Evliya Efendi diz que mais de mil anos antes de seu tempo, havia uma imagem da Virgem no local da Catedral de Santa Sofia, segurando em sua mão uma forma quase esférica, tão grande quanto um ovo de pombo, perto do qual a mesquita é iluminada todas as noites.

A Maçã Vermelha foi até associada à cúpula dourada da catedral de São Petersburgo. A este respeito, assim fica claro que, embora Kizil Elma signifique Maçã Vermelha, e geralmente fosse assim compreendido entre gregos e latinos, também pode significar Maçã Dourada.

Hasluck vê alguma conexão entre a romã, como um símbolo de poder e a Maçã Vermelha, já que a palavra árabe para romã é Rummam – entenda como Roma.

Acho que você já se deu conta que a Maçã Vermelha ou Dourada, significa o domínio mundial e que isso envolve algumas nações, sendo entre elas, os Turcos, os Russos, os Húngaros, entre alguns a mais, através de suas raízes magiares, povo da antiga magia.

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- As Profecias Otomanas e relação com a Profecia da Rússia Sagrada.

- A Maçã Dourada e o Touro de Wall Street.

- A grande distração: A Batalha de Lepanto e o Surgimento do Império Britânico.

- Enquanto a mão do mago captura a atenção e mostra uma coisa, a não observada faz as verdadeiras “artes”.

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